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Lixo urbano de Manaus pode virar energia elétrica para mais de 300 mil residências


fonte: https://vocativo.com/amazonas/lixo-urbano-de-manaus-pode-virar-energia-eletrica-para-mais-de-300-mil-residencias/
categoria: Coleta Seletiva

A região metropolitana de Manaus está entre as regiões com maior potencial de geração de energia a partir do lixo urbano. A informação consta em levantamento realizado pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) divulgado esta semana.
 
De acordo com o estudo, a região tem a possibilidade de receber uma usina de recuperação energética (URE) de 82 MW de potência instalada, totalizando uma produção de energia na ordem de 656 mil MWh/ano – o suficiente para suprir o consumo de mais de 300 mil residências, o equivalente a mais de 10% da população da região. A iniciativa, que envolveria investimentos de superiores a R$ 2,9 bilhões, pode gerar 4,9 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Além disso, estima-se uma arrecadação de R$ 4,1 bilhões em tributos durante o período de operação da usina, estimado em 40 anos.
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Segundo Yuri Schmitke, presidente da ABREN, “esse tipo de empreendimento, que oferece diversos benefícios ambientais, também é considerado mundialmente a solução mais adequada para resolver o problema dos resíduos sólidos urbanos”. Com pouco mais de 2,7 milhões de habitantes, a região metropolitana de Manaus produz mais de 3,3 mil toneladas de lixo por dia, que somam 1,2 milhão de toneladas por ano.
 
Uma URE pode ser viabilizada por meio de um consórcio entre as cidades que constituem a Região Metropolitana de Manaus, como prevê novo Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026/2020). Durante a vida útil da usina, a cidade pode evitar a emissão de 66,5 milhões de toneladas de CO2, além de recuperar 1,3 milhão de toneladas de metais ferrosos e não ferrosos, sendo que a maior parte das cinzas podem ser reaproveitáveis pela construção civil e pavimentação.
 
Além disso, o tratamento adequado do lixo evitaria gastos da ordem de R$ 1,5 bilhão para a saúde pública, relacionados a doenças causadas pela exposição dos cidadãos a condições insalubres de lixões, além de mitigar os gastos com danos ambientais provenientes do armazenamento inadequado de resíduos, estimados em R$ 2,2 bilhões.
 
O projeto de uma URE, segundo a ABREN, ainda colabora com a economia circular, pois auxilia na gestão mais eficiente dos recursos naturais existentes e otimiza o ciclo de reciclagem, contribuindo também com os coletores de materiais recicláveis.

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