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Prefeitura de São Paulo quer multar quem joga lixo na rua

A gestão Fernando Haddad quer multar os cidadãos que jogam lixo nas ruas da capital paulista.
fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias
categoria: Coleta Seletiva

A gestão Fernando Haddad quer multar os cidadãos que jogam lixo nas ruas da capital paulista. Para isso, usará leis já existentes e definirá a fiscalização por meio de decreto. Embora seja descrita como uma política "educacional", a proposta tem como alvo "cidadãos que descartam lixo nas ruas e calçadas, que não cumprem horários de colocação de resíduos para a coleta residencial ou que descartam em pontos viciados", de acordo com a Secretaria de Serviços. 

Plano de Educação Ambiental para Resíduos Sólidosvai incorporar políticas do programa Lixo Zero, da prefeitura do Rio. Técnicos estiveram na capital fluminense para conhecer os resultados do programa e o secretário paulistano de Serviços, Simão Pedro, atualmente costura um acordo de cooperação com a cidade de Bruxelas, na Bélgica, que está implementando política parecida. Os detalhes do plano ainda estão sendo fechados pela secretaria e serão apresentados ao prefeito nas próximas semanas. A expectativa da prefeitura é de começar o programa ainda neste semestre. 

O prefeito já havia manifestado no ano passado o interesse de intensificar a fiscalização de "atitudes de uma minoria de cidadãos que descartam lixo nas ruas", como explica Simão Pedro, por meio de nota. Por isso, ele havia nomeado uma comissão para estudar e propor mudanças na legislação sobre resíduos sólidos. A avaliação, entretanto, é que não será preciso enviar nenhum projeto ao Legislativo. Isso porque a cidade já tem ampla legislação sobre o tema, até prevendo multas. As regras foram reorganizadas durante a gestão Marta Suplicy, em 2002. Atualmente, quem joga lixo na rua está sujeito a receber uma multa de R$ 500. Se jogar entulho em ponto viciado, o valor a ser pago pode chegar a R$ 12 mil. São Paulo tem aproximadamente 1.500 pontos de descarte de entulho viciados, segundo estimativa da Prefeitura. 

A fiscalização do descarte irregular e do lixo na rua é a última etapa de um novo tripé da política municipal para o tratamento do lixo, acompanhada de uma campanha educativa -"Eu jogo limpo com São Paulo", bancada pelas empresas que fazem a coleta - e da retomada dos investimentos em coleta seletiva. No entanto, as multas não serão usadas para induzir as pessoas a separar o lixo reciclável. "Não há previsão de multar o munícipe que não faça a separação e sim, por ora, políticas de conscientização e educação para que os mesmos possam usufruir do serviço e colaborar", afirma o secretário, por nota. Na última semana, a prefeitura incluiu sete bairros da zona sul da cidade - Jardim São Luís, Cidade Dutra, Grajaú, Socorro, Campo Limpo, Capão Redondo e Cidade Ademar - além de Ermelino Matarazzo e Ponte Rasa, na Zona Leste, e Tucuruvi, na Zona Norte, na listagem de bairros que têm coleta seletiva. 

O crescimento da coleta seletiva está relacionado à instalação de novas usinas mecanizadas de triagem. Duas já foram colocadas em operação neste ano, em Santo Amaro (Zona Sul) e Ponte Pequena (no Centro), ao custo de R$ 150 milhões cada. Sozinhas, elas já têm capacidade de processar mais lixo reciclável do que a cidade separa. Mais duas usinas devem ser instaladas para atender toda a cidade. "Até 2016, todos os distritos terão coleta seletiva universalizada", garante o secretário Simão Pedro, em nota. "Além disso, a atual gestão está ampliando a rede de Ecopontos. Em 2012, eram 51. Até 2016, a cidade de São Paulo terá 160." 

(Com Estadão Conteúdo)

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