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Lixo: Projeto de compostagem tem 97% de aprovação dos participantes

O Plano de Gestão de Resíduos Sólidos de São Paulo quer que 1 milhão de domicílios tenham compostagem doméstica de orgânicos até 2034.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/maragama
categoria: Composto Orgânico

Ainda que seja uma amostragem pequena, a notícia é boa. O projeto piloto de compostagem de orgânicos da cidade teve resultados positivos e alto grau de aprovação dos participantes: 97% declararam-se satisfeitos ou muito satisfeitos com ele.
Realizado pela prefeitura de São Paulo junto com a empresa fornecedora de composteiras com minhocas Morada da Floresta a partir de junho de 2014, o Composta São Paulo recebeu 10.061 inscrições no site. Foram selecionados 2.006 moradores da cidade para participar.
Os escolhidos receberam kits com composteira (caixas de plástico empilháveis), serragem, minhocas, manual de utilização e fizeram oficinas para aprender a compostar e utilizar os compostos em plantios de jardins e hortas.
O Composta São Paulo tem como objetivos difundir a prática, mapear dificuldades e benefícios da compostagem e gerar dados para a criação de políticas públicas de resíduos orgânicos domiciliares em toda a cidade.
Por isso, toda a experiência foi acompanhada por questionários e monitorada pelo site e por uma página no Facebook, para incentivar discussões e trocas de experiências.
De acordo com o relatório elaborado pelo grupo e lançado no último dia 1º de junho (e disponível no site http://www.compostasaopaulo.eco.br), apenas 47 inscritos (2,3%) desistiram de participar durante o processo. Entre os desistentes, 84% alegaram falta de tempo e outros problemas pessoais.
As pesquisas foram respondidas por 1.535 inscritos: 98% disseram acreditar que a compostagem é uma boa solução para o tratamento de resíduos orgânicos, 78,4% disseram que já incorporaram a compostagem aos seus hábitos familiares e 55% afirmaram que foi muito fácil praticar. O composto gerado foi usado como adubo nas plantas da própria casa por 80% dos participantes.
As principais dificuldades relatadas foram o aparecimento de mosquitos e drosófilas. 40% dos participantes conseguiu resolver os problemas com o grupo online.
Entre os participantes, 48,5% informaram que a experiência envolveu todos os moradores da casa. 42,8% disseram que a prática consumiu de 30 a 60 minutos semanais.
A prática de separação de orgânicos também parece incentivar mudanças na alimentação: 57% afirmaram que reduziram o consumo de produtos industrializados e 54% que passaram a consumir mais frutas e legumes depois de aprender a compostar. A maioria dos entrevistados (59,1%) afirmou ter incentivado diversas pessoas a iniciar a compostagem.
Entre as lições do projeto, o relatório do grupo aponta a compostagem doméstica como "poderosa ferramenta de educação ambiental". Ela deve ser encarada como uma forma de preparar os cidadãos para os novos contextos de tratamento de resíduos urbanos, como a separação em três tipos: recicláveis secos, recicláveis orgânicos e rejeitos. Além disso, destaca o relatório, a compostagem é didática em relacão ao conceito de responsabilidade compartilhada, que inclui governos, indústria e consumidores no tratamento dos resíduos.
O relatório também indica que o interesse e engajamento da população aponta para "uma nova lógica de participação social", em que o cidadao é agente ativo. "Para muitos participantes, o Composta foi a primeira experiência de interação efetiva com uma prefeitura e a construção da cidade".
Os custos do programa –cerca de R$ 800 mil– fazem parte do contrato de concessão com as empresas Loga e Ecourbis, responsáveis pela coleta de lixo doméstico na cidade. A continuidade do projeto depende de novas verbas.
O Plano de Gestão de Resíduos Sólidos de São Paulo quer que 1 milhão de domicílios tenham compostagem doméstica de orgânicos até 2034. 

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