Milhares de pessoas se beneficiam com a renda obtida com a separação de resíduos
Por Tetra Pak
16/11/2020 18h55 Atualizado há 19 horas
Separar os resíduos gerados dentro de casa é um ato simples e com um enorme impacto positivo não apenas para o meio ambiente, mas também para a vida de tanta gente que depende da renda obtida a partir da reciclagem. Trouxemos aqui, portanto, histórias de três pessoas que inspiram.
Mas vamos começar a falar por quem tem o hábito de separar os resíduos? Glorimar Vasconcelos, a Glori, mudou para o interior de São Paulo quando se aposentou. Decidiu que era hora de apoiar uma instituição de cunho social, presidida por um bispo. Ali entendeu a importância da reciclagem. Tanto que passou o hábito para toda a família. “Hoje, até minha neta de 2 anos e 8 meses tem o hábito de separar os resíduos”, conta a avó, orgulhosa.
“Sem dúvidas os beneficiados são muitos, principalmente nas pequenas cidades, geralmente carentes de empregos, muitas famílias sobrevivem desse trabalho”, diz a aposentada, consciente da contribuição social que tem feito.
Isabella Nunes faz a separação de resíduos em casa — Foto: Thamires Cruz
A separação de materiais faz parte da vida da Isabella Nunes, de 28 anos, desde criança. De família grande, o alto consumo era característica da rotina dessa empresária. Hoje, vivendo a vida adulta, em sua própria casa, faz escolhas ainda mais conscientes. “Não vai ser só a gente nesse mundo. Estamos tentando fazer a nossa parte, não é mesmo? Pode parecer pouco, mas se cada um fizer a sua parte, o pouquinho vira um montão”, esclarece ela.
Isabella é consciente do duplo benefício de suas atitudes. Duplo benefício porque, além do meio ambiente agradecer, milhares de pessoas que vivem da renda da reciclagem também agradecem. A mãe da Isabella trabalhou como professora de cooperativados e a empresária acompanhou de perto o quanto a separação de resíduos transforma a vida de muita gente.
Gente como Ionara Pereira dos Santos, da Cooperativa de Trabalho de Catadores de Materiais Recicláveis da Vila Esperança (AVEMARE), em Santana de Parnaíba (SP), que hoje possui 80 sócios cooperados. Há 10 anos trabalhando na cooperativa, Ionara é prova viva de que a reciclagem vai além da transformação ambiental. Ela é uma das cinco diretoras-administrativas da AVEMARE, desde 2013. Ao longo desses anos, ela como as outras diretoras aprenderam a administrar uma cooperativa, se desenvolvendo como gestoras. Algumas fizeram faculdade, como outros cooperados.
“O material reciclável impacta vidas, não só o meio ambiente. Hoje, temos emprego, estudo, profissão. Somos mulheres empoderadas”, descreve Ionara, que faz questão de frisar que o empoderamento se estende a todos os cooperados, não apenas às administradoras.
Ela estima que atualmente 300 pessoas são beneficiadas diretamente pelo trabalho da cooperativa. “Aqui temos jovens no seu primeiro emprego, ex-viciados em drogas, idosos, pessoas que aprenderam a escrever seu nome aqui na AVEMARE”, diz, orgulhosa ao se lembrar do Curso de Alfabetização para adultos em parceria com a prefeitura local.
Catadoras da AVEMARE separam material na sede da cooperativa — Foto: Arquivo pessoal
Como Ionara e todos da cooperativa costumam dizer uns aos outros, “nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”. Que essa frase nos faça refletir sempre que tivermos em mão um material que possa ser reciclável. Quantas pessoas podem ser beneficiadas com ele? Quantas famílias podem ser impactadas positivamente pelas nossas atitudes?
Com o olhar para a responsabilidade compartilhada, é possível contar sobre atuações como a da Tetra Pak, empresa que realiza há mais de 20 anos iniciativas de fomento à conscientização socioambiental. Entre as principais está a valorização de cooperados e catadores de materiais recicláveis.
Durante os últimos meses, inclusive, a colaboração se fortaleceu e foi o caminho para direcionar esforços e ajudar esses trabalhadores com projetos em parceria com o aplicativo de impacto social Ribon, com o Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem) e com a plataforma Reciclar pelo Brasil – programa de cooperação entre 15 empresas e associações que trabalham junto com a Ancat (Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis).
São esses movimentos que constroem transformações necessárias em que cada um pode fazer a diferença no cenário geral de proteção ao bem-estar das pessoas e do planeta.