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Polícia solicita sequestro de bens do 'rei da sucata', solto após pagar fiança de R$ 1 milhão


fonte: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2021/06/14/policia-solicita-sequestro-de-bens-do-rei-da-sucata-solto-apos-pagar-fianca-de-r-1-milhao.ghtml
categoria: Cobre



A Polícia Civil solicitou à Justiça o sequestro de bens de Rodrigo Leonardo de Lima Alcântara, conhecido como "rei da sucata", suspeito de fazer fortuna intermediando vendas entre ferros-velhos e grandes indústrias que reciclam e fabricam peças com cobre roubado. O pedido está sob análise judicial.
O suspeito foi preso no dia 26 de maio, em uma mansão de 3 mil metros quadrados na Pampulha, em Belo Horizonte, mas foi solto na semana passada aós pagar fiança de R$ 1 milhão.
Segundo a Polícia Civil, o "rei da sucata" prestou depoimento e confessou a prática dos crimes. A defesa dele nega e afirma que Alcântara não prestou depoimento à corporação, apenas para o Ministério Público.
Rodrigo Alcântara ostentava riqueza nas redes sociais — Foto: Reprodução TV Globo
Rodrigo Alcântara ostentava riqueza nas redes sociais — Foto: Reprodução TV GloboO esquema de receptação, revelado no Fantástico, é investigado pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), força-tarefa que reúne Polícia Civil, Receita Estadual e Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Os trabalhos continuam a fim de identificar outros envolvidos.

 
De acordo com as investigações, Alcântara criava empresas de fachada em outros estados e emitia notas fiscais frias, que davam aparência de legalidade ao cobre de origem desconhecida – pela lei, as grandes indústrias não podem comprar o cobre reciclável sem comprovação de origem.
Nas redes sociais, o suspeito e a mulher ostentam viagens internacionais, hotéis cinco estrelas, passeios em carros de luxo e avião próprio.
 
"As investigações apontam que, realmente, no que tange à receptação de cobre, ele é o grande fomentador de todo esse furto, roubo e desvio de cobre em nosso país", afirma o delegado João Marcos de Andrade Prata, da Polícia Civil.
O cerco ao "rei da sucata" começou a se fechar em dezembro do ano passado, quando policiais seguiram um caminhão carregado de fios da rede elétrica de Santa Bárbara, na Região Central de Minas, a Contagem, na Grande BH. O destino era o galpão de uma empresa que está em nome de um guarda municipal, amigo de infância de Alcântara.

 
Segundo os investigadores, para evitar que o cobre fosse identificado, o material era triturado e derretido antes de ser enviado para uma indústria de transformação.
Mansão de Rodrigo Alcântara é avaliada em R$ 4 milhões — Foto: Reprodução TV Globo
Mansão de Rodrigo Alcântara é avaliada em R$ 4 milhões — Foto: Reprodução TV Globo
Mesmo solto, Alcântara continua na mira da investigação, que agora busca as indústrias que compraram o cobre ilegal e usaram as notas frias pra não pagar impostos.
 
"Só esse esquema de fraude já trouxe prejuízo ao estado de Minas Gerais na ordem de R$ 250 milhões", afirma o superintendente de fiscalização da Receita, Carlos Renato Confar.
Em nota, a defesa de Rodrigo Alcântara disse que todos os negócios do cliente são legais e que uma perícia atestou não ser possível concluir que o cobre apreendido era ilícito. Afirmou, ainda, que ele está colaborando com as investigações.
A Corregedoria da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte informou que instaurou procedimento administrativo disciplinar em janeiro deste ano para apurar a conduta do guarda municipal suspeito de envolvimento no esquema. Desde então, o agente está afastado de suas funções.

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