Objetivo da medida do governo é reduzir risco de contaminação por mercúrio
fonte: http://oglobo.globo.com
categoria: Lâmpada
RIO - O governo está a prestes a fechar um acordo para o descarte de lâmpadas fluorescentes. Os fabricantes e comerciantes terão que destinar locais para os consumidores levarem lâmpadas fora de uso ou quebradas. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) abriu, na última segunda-feira, dia 15, consulta pública para receber contribuições da sociedade sobre o tema. Esse tipo de lâmpada ganhou mercado na época do racionamento de energia em 2001. Consome menos energia e dura mais. O objetivo da medida é evitar a contaminação por metais pesados, principalmente, do meio ambiente, além do risco do vidro quebrado. O consumidor também será responsável por dar destino certo ao material.
INFOGRÁFICO: Veja RIO - O governo está a prestes a fechar um acordo para o descarte de lâmpadas fluorescentes. Os fabricantes e comerciantes terão que destinar locais para os consumidores levarem lâmpadas fora de uso ou quebradas. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) abriu, na última segunda-feira, dia 15, consulta pública para receber contribuições da sociedade sobre o tema. Esse tipo de lâmpada ganhou mercado na época do racionamento de energia em 2001. Consome menos energia e dura mais. O objetivo da medida é evitar a contaminação por metais pesados, principalmente, do meio ambiente, além do risco do vidro quebrado. O consumidor também será responsável por dar destino certo ao material.
INFOGRÁFICO: Veja os detalhes sobre a lâmpada fluorescente
— A ideia de recolher os resíduos é algo novo, tanto para o governo quanto para as empresas, que vão ter um custo adicional. As empresas relutam pelo aspecto financeiro porque, inicialmente, vão ter que pagar por isso, mas depois esse custo será diluído no valor do produto. O consumidor não assina o acordo, mas é peça importantíssima na responsabilidade compartilhada. Nós, consumidores, precisamos melhorar nossos procedimentos. Se não jogarmos os detritos no local correto, não adianta — diz a diretora de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, que espera que o acordo esteja assinado até novembro.
Para Edson Watanabe, professor de Engenharia Elétrica da Coppe/UFRJ, a regulamentação do descarte das lâmpadas fluorescentes é urgente:
— Precisamos que a regulação desse recolhimento seja feita rapidamente, senão, daqui a pouco, vão aparecer lixões de lâmpadas e teremos pessoas envenenadas com mercúrio — argumenta Watanabe, referindo-se ao risco de contaminação do solo e da água por mercúrio e a consequente intoxicação de seres humanos.
Segundo Isac Roizenblatt, diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), no entanto, não há perigo e muitas empresas já encaminham lâmpadas fluorescentes e de outros tipos para o descarte em recicladoras:
— Não existem riscos com lâmpadas íntegras e, se elas quebrarem, deve-se apenas deixar circular o ar no ambiente, por cerca de meia hora, e o mercúrio desaparecerá, não causando risco.
A contaminação por mercúrio pode causar problemas respiratórios e, em casos extremos, levar à morte. Mas o médico Luis Fernando Correia, especialista em Terapia Intensiva e chefe da Unidade de Emergência do Hospital Samaritano de Botafogo, ressalta que, no caso da quebra de um lâmpada, o maior risco à saúde é o de um corte profundo, que demore a cicatrizar, já que “as lâminas são muito finas”.
— O mercúrio contido numa única lâmpada, mesmo se aspirado, não é capaz de causar danos graves à saúde — afirma Correia.