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A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques.
Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.
Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa.
Matéria prima para uma empresa de reciclagem de Papel ondulado ou Papel de escritório:
Os papéis que oferecem condições para serem reciclados são, basicamente: Papelão ondulado ou corrugado; Apara mista (rejeito de escritório e de tipografia colorida); Papel "kraft" (saco supermercado); Jornal; Sacos de cimento (que tem mais fibras que o papelão); Branco de primeira para off-set e impressão; Branco de segunda para escrita.
Papeis que não são recicláveis e que deverão ser considerados rejeito:
Papéis / papelões coletados em hospitais, farmácias e ambulatórios, como também qualquer tipo de plastificação ou película plástica e papel higiênico. Ou ainda, papéis vegetais, papel e papelão encerados, com substâncias impermeáveis, revestidos com camada metálica ou com colas à base de resina sintética, parafinados, papel carbono, fitas adesivas.
Matéria prima para reciclagem de Pneus:
Não existe restrição de reciclagem para pneus e, o produto resultante da reciclagem, normalmente, é utilizado em indústrias de : tapetes de automóveis; borracha de vedação; pisos industriais; solados de sapatos; composição de asfalto, etc.
Garrafas PET:
O produto resultante da reciclagem pode ser utilizado para a fabricação de: novas garrafas e frascos PET, desde que não sejam destinados a produtos alimentícios e fármacos; vassouras, escovas e cerdas; sacolas; baldes; cabides; e painéis para a construção civil.
Plásticos Filme:
Normalmente usado como sacolas de supermercados, sacos de lixo, embalagens de leite, lonas agrícolas e proteção de alimentos na geladeira ou micro-ondas. O produto resultante da reciclagem poderá ser utilizado nas indústrias de artefatos plásticos.
Plástico rígido:
É o material que compõe recipientes para produtos de limpeza e higiene e potes de alimentos. É matéria-prima básica de fibras têxteis, tubos e conexões, calçados, eletrodomésticos, além de baldes, utensílios domésticos e outros.
Organização do Processo Produtivo
O processo produtivo irá variar conforme a matéria prima:
1. Papel ondulado
Deve-se proceder à seleção do papel ondulado recebido na indústria, pois vários produtos contaminam e inviabilizam sua reciclagem, tais como: cera, plástico, manchas de óleo, terra, pedaços de madeira, barbantes, cordas, metais, vidros, etc. Outro fator limitante a reciclagem desse material é a mistura com a chamada “caixa ondulada amarela”, que é composta por fibras recicladas que perderam a resistência original.
Para que as substâncias contaminantes não inviabilizem a reciclagem de papel ondulado, elas não podem exceder a 1% do volume e a perda total no reprocessamento não deve passar de 5%. Deve-se atentar ao excesso de umidade, tendo em vista que altera as condições do papel, o que dificulta e até mesmo inviabiliza sua reciclagem.
Alguns tipos de tintas usadas na fabricação do papelão tecnicamente impedem a reciclagem de papel ondulado. Também ocorre impossibilidade de aproveitamento se o papel tiver recebido tratamento anti-umidificação com resinas insolúveis em água.
Ressalta-se que o rendimento no processo de reciclagem de papel ondulado dependerá basicamente do sistema adotado no pré-processamento do material, que vai desde a seleção criteriosa da matéria-prima, limpeza e, finalmente, na forma que o aparista irá proceder à prensagem do produto.
2. Papel de Escritório
O lixo derivado do papel de escritório é formado por diversos tipos de papéis. Com isso, as empresas de reciclagem que processam esse material são forçadas a elaborar esquemas especiais de seleção e coleta de algumas categorias mais valiosas, como o papel branco e o de computador.
O papel mesclado é aquele composto por diferentes fibras e cores, e oferece condições de ser reciclado, embora seu valor de mercado seja relativamente baixo.
Os papéis destinados à higiene pessoal em ambientes sanitários (toalhas e higiênico) não são matérias-primas passíveis de reciclagem, portanto, nem mesmo devem ser coletados. Fato semelhante ocorre com os papéis parafinados, vegetais, carbono, plastificados e metalizados. Os papéis coletados devem passar por um rigoroso processo de seleção. As matérias-primas de maior valor no mercado são as isentas de impurezas como metais, vidros, cordas, pedras, areia, clips, elásticos e outros materiais que dificultam o reprocessamento.
Ressalta-se, no entanto, que avanços tecnológicos na área de limpeza do papel para reciclagem têm encontrado algumas soluções que minimizam o impacto de impurezas, o que possibilita um maior aproveitamento de materiais.
3. Pneu
Uma das alternativas mais utilizadas na reciclagem de pneus é a trituração para obtenção de borracha regenerada, fazendo a adição de óleos aromáticos e produtos químicos desvulcanizantes. A tecnologia vem avançando muito na reciclagem desse material, tanto que já existe no Brasil maquinário em escala industrial capaz de produzir borracha regenerada a frio, obtendo um produto reciclado com elasticidade e resistência semelhantes ao do material virgem.
Além do processo mecânico, existe também tecnologia que emprega solventes capazes de separar o tecido e o aço dos pneus, permitindo também o reaproveitamento de matérias-primas. Além do processo químico, há a possibilidade de reciclagem somente por intermédio de processo mecânico de granulação, por meio de um sistema de peneiras e aspiração que permite um custo bem menor e de reduzido impacto ambiental. O processamento ocorre em autoclaves giratórios, onde o material recebe oxigênio, calor e forte pressão, provocando o rompimento de sua cadeia molecular. Posteriormente, a borracha torna-se passível de novas formulações, já que nessa etapa ocorre o refino mecânico, ganhando viscosidade. Ao término, a matéria resultante pode ser prensada.
O pó resultante da reforma e dos restos de pneus moídos pode ser aplicado na composição de asfalto, pois gera elasticidade e durabilidade, além de atuar como elemento aerador de solos compactados e como pilha de composto orgânico.
4. Plástico Filme
O plástico filme reciclado, após seu reprocessamento, resulta em matéria-prima para a fabricação de artefatos plásticos, como conduítes e sacos de lixo. Até pouco tempo, sua reciclagem era relativamente complexa e baixa, pois as empresas de reciclagem conseguiam atuar apenas na cadeia industrial primária, ou seja, regenerando um único tipo de resina separadamente. Havia o aproveitamento de apenas 5% de todo o plástico consumido no país e era usado apenas na linha de produção industrial, denominada pré-consumo.
Já existe hoje uma tecnologia chamada reciclagem secundária que processa polímeros misturados ou não, entre os mais de 40 tipos existentes no mercado. Assim, pode-se usar simultaneamente diferentes tipos de resíduos plásticos sem que haja incompatibilidade entre os materiais, não ocorrendo perda de resistência e de qualidade do produto reciclado.
No processo de reciclagem, o plástico filme passa pelo aglutinador, uma espécie de batedeira de bolo grande, que aquece o plástico pela fricção de suas hélices, transformando-o em uma espécie de farinha. Em seguida, é aplicada uma pequena quantidade de água com finalidade de provocar um resfriamento repentino, resultando na aglutinação: as moléculas dos polímeros se contraem, aumentando sua densidade, transformando o plástico em grãos (extrusão). Logo depois os grãos passam a ter peso e densidade suficiente para descer no funil da estrutura, momento que a máquina funde o material e o transforma em tiras (spaghetti). Na última etapa, elas passam por um banho de resfriamento e são picotadas em grãos chamados “pellets”, que são ensacados e vendidos às fábricas de artefatos plásticos.
O material resultante do processo industrial indicado acima poderá resultar em produtos como: sacolas de supermercados, sacos de lixo, embalagens de leite, lonas agrícolas e também em embalagens de proteção de alimentos em geladeiras, freezeres ou microondas.
5. PET
O maior mercado para o PET pós-consumo atualmente no Brasil tem sido o da produção de fibra de poliéster para indústria têxtil (multifilamento), em que será aplicado na fabricação de fios de costura, forrações, tapetes, carpetes e mantas de TNT (tecido não tecido). É frequentemente usado na fabricação de cordas e cerdas de vassouras e escovas (monofilamento). O produto resultante da reciclagem do PET é ainda destinado à produção de filmes e chapas para boxes de banheiro, termo-formadores, formadores a vácuo, placas de trânsito e sinalização em geral.
Há um crescimento do uso de embalagens PET pós-consumo recicladas na fabricação de novas garrafas para produtos não-alimentícios. É possível também aproveitar os flocos resultantes do processo industrial de reciclagem do PET na fabricação de resinas alquídicas, usadas na produção de tintas e também de resinas insaturadas, para a produção de adesivos e resinas poliéster. Novas tecnologias têm possibilitado a aplicação desse material e estão relacionadas à extrusão de tubos para esgotamento predial (estilo PVC), cabos de vassouras e na injeção para fabricação de torneiras. Os principais elementos contaminantes do PET reciclado de garrafas de refrigerantes são os adesivos (cola) usados no rótulo e outros plásticos da mesma densidade, como o PVC, por exemplo. A maioria dos processos de lavagem não impede que traços desses produtos indesejáveis permaneçam no floco de PET. A cola age como catalisador da degradação hidrolítica quando o material é submetido à alta temperatura no processo de extrusão, além de escurecê-lo e endurece-lo. Fato semelhante pode ocorrer com o cloreto de polivinila (PVC), que compõe outros tipos de garrafas e não pode se misturar com a sucata de PET.
É imperioso que as empresas de reciclagem tenham atenção especial com os rótulos produzidos com o PVC termo-encolhível, material que, graças à sua versatilidade e apelo visual, vem sendo utilizado com frequência. O alumínio existente em algumas tampas só é tolerado com teor de até 50 partes por milhão no reciclado.
A matéria-prima empregada no processo de reciclagem deverá passar por uma seleção e pré-processamento extremamente rigorosa, garantindo a qualidade do produto final reciclado. A seleção pode ser feita pelo símbolo que identifica o material ou pelo produto que a embalagem continha. Por exemplo, 100% das garrafas plásticas para refrigerantes são de PET. Outra maneira prática de identificar uma embalagem de PET é através do birro, isto é, o ponto de injeção sempre presente no fundo da embalagem. A seleção do material para reciclagem pode ser feita manualmente ou mecanizada. A mecanizada é processada via sensores óticos de alta precisão.
O material reciclado irá apresentar maior revalorização após a prensagem, quando o produto estiver totalmente livre dos elementos contaminantes, separados por diferença de densidade em fluxo de água ou ar. Além do rótulo (polietileno ou papel) e tampa (polipropileno, polietileno de alta densidade ou alumínio), devem ser retirados da sucata os resíduos de refrigerantes e demais detritos, por meio de processos de lavagem.
O empreendedor do segmento empresarial de reciclagem deverá ter em mente que, por se tratar de indústria, há diversas fases em sua cadeia produtiva, existindo o potencial de automatização de vários os processos.
É importante ter um cadastro eletrônico dos catadores autônomos e as suas cooperativas de catadores.
Além registrar os materiais recebidos por qualidade, espécie, quantidade por fornecedor, etc., o controle dos custos industriais, operacionais e administrativos, serão fundamentais para validar o preço de venda de cada produto, considerando o valor agregado na cadeia produtiva.
Para auxiliar na gestão da indústria o mais indicado é que o empresário invista em softwares específicos para o seu segmento industrial, para permitir uma gestão eficiente do negócio. Dentre as funções que um software de gestão pode oferecer, pode-se citar alguns.
– PPCP - Planejamento, Programação e Controle da Produção;
– Gestão de estoques;
– Apontamento eletrônico da produção;
– Controle de documentos, registros e normas;
– Projeção de faturamento e custos;
– Formação do preço de venda;
– Rentabilidade por pedido;
– Rentabilidade mensal;
– Gerenciamento de estoques;
– Estatística de vendas;
– Contas a receber;
– Contas a pagar;
– Ponto eletrônico;
– Folha de pagamento;
– Cargos e salários.
Os equipamentos industriais também oferecem níveis diferenciados de automação, indo dos completamente manuais, até aqueles com sensores e programação. Na medida em que os volumes de produção aumentem, e consequentemente a necessidade de mais mão de obra, os equipamentos mais sofisticados podem ser uma boa alternativa para aumentar a produtividade da empresa.
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O principal canal de distribuição do material reciclado é via venda direta, cabendo ao empreendedor dotar sua empresa com uma estrutura comercial que viabilize a venda de toda a sua produção no menor espaço de tempo possível.
Entende-se como fundamental que para cada produto que seja processado na empresa de reciclagem já se tenha o comprador final identificado, o que significará a venda líquida e certa de toda a sua produção, fator que poderá gerar entrada de recursos em caixa de forma mais segura.
Ressalta-se, no entanto, que a venda direta, vinculada a um único comprador funciona como um limitador de mercado, já que o valor de seu produto estará sendo ditado pelo consumidor e não pelo vendedor. Claro que esse processo poderá ser amplamente negociado, mas mesmo assim existirá a relação de dependência. Além disso, outra desvantagem de se ter apenas um único comprador é que qualquer imprevisto com essa empresa compradora,poderá acarretar em uma dificuldade financeira para o negócio.
Assim sendo, é importante que sejam abertos canais de distribuição para vários clientes. Claro que isto depende do montante de produto que a recicladora irá conseguir disponibilizar para as indústrias consumidoras, por isso será fundamental no início das atividades da empresa de reciclagem mapear todos os possíveis compradores de seu produto final.
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O valor total a ser investido depende de um conjunto de decisões que precedem a instalação do negócio, como por exemplo:
-Decidir se o imóvel será próprio ou alugado;
- Avaliar todas as modificações necessárias que deverão ser realizadas no local para o funcionamento do negócio;
- Expectativa de produção mensal;
- Tipo de material que irá ser reciclado;
- Avaliar o custo benefício de comprar móveis e equipamentos usados.
Os resultados das decisões referentes a estes itens surgirão com a elaboração do plano de negócios.
Para uma Empresa de Reciclagem de Papel Ondulado ou de Escritório instalada numa área de 1.000m² é necessário um investimento inicial estimado em R$ 162.000,00 (cento e sessenta e dois mil reais) a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens:
– Reforma do local: R$ 13.000,00
– Móveis e utensílios: R$ 6.500,00
– Equipamentos e Máquinas: R$ 39.500,00;
– Caminhão: R$ 78.000,00
– Capital de giro: R$ 26.000,00
Para uma Empresa de Reciclagem de Plástico Filme e Pet é necessário instalada numa área de 1.500m² um investimento inicial estimado em R$ 273.000,00 (duzentos e setenta e tres mil reais) a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens:
– Reforma do local: R$ 13.000,00
– Móveis e utensílios: R$ 6.500,00
– Equipamentos e Máquinas: R$ 130.000,00;
– Caminhão: R$ 78.000,00
– Capital de giro: R$ 45.500,00
Para uma Empresa de Reciclagem de Pneus é necessário um instalada numa área de 700 m² investimento inicial estimado em R$ 160.00,00 (cento e sessenta mil reais) a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens:
– Reforma do local: R$ 13.000,00
– Móveis e utensílios: R$ 6.500,00
– Equipamentos e Máquinas: R$ 39.500,00;
– Caminhão: R$ 78.000,00
– Capital de giro: R$ 23.000,00
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa.
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC).
Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.
Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa.
Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos futuros.
Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão.
Uma Empresa de Reciclagem requer um montante de capital de giro que pode ser considerado médio, entre 15 e 20% do investimento inicial. A principal preocupação será o prazo de pagamento dado aos clientes, visto que a compra da matéria prima é, em geral, feita com pagamento à vista.
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas comerciais, insumos consumidos no processo de prestação e execução de serviços, depreciação de maquinário e instalações.
O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra, prestação e venda de serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.
Os custos para abrir uma empresa de reciclagem podem ser estimados considerando os itens de investimento e valores referenciais indicados abaixo:
1. Salários, comissões (caso a remuneração de serviço de colaboradores seja feita com base em desempenho) e encargos: - R$ 10.000,00;
2. Tributos, impostos, contribuições e taxas: R$ 3.900,00;
3. Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$ 3.100,00;
4. Água, luz, telefone e acesso a internet: R$ 3.900,00;
5. Manutenção de software: R$ 600,00;
6. Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários: R$ 700,00;
7. Recursos para manutenções corretivas e preventivas de maquinários, equipamentos e instalações: R$ 1.300,00;
8. Propaganda e publicidade da empresa: R$ 1.500,00;
9. Aquisição de matéria-prima, além de outros produtos e materiais para a operacionalização da empresa de reciclagem de papel: R$ 39.000,00;
10. Despesas comerciais para desenvolvimento do negócio: R$ 3.000,00.
O empreendedor deve primar pelo controle de todos os gastos envolvidos no desenvolvimento do negócio, de forma criteriosa, mantendo em níveis pré- estabelecidos no Plano de Negócio, as despesas e os custos, buscando alternativa para minimizar esses dois elementos, mas sem comprometer a desempenho comercial.
Consulte o Sebrae mais próximo para uma orientação mais específica sobre a elaboração de um Plano de Negócios e o Controle de Custos Industriais.
Diversificação/Agregação de Valor
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Para manter-se competitivo um negócio precisa oferecer diferenciais que o torne mais atrativo que seus concorrentes. Agregar valor é oferecer o inesperado ao cliente; ir além da obrigação; oferecer mais e melhor e o que ninguém ainda ofereceu.
A qualidade no atendimento ao cliente é um aspecto importante que deve ser observado. Produtos com excelente qualidade, entregas no prazo, influenciam muito na satisfação dos clientes. Ao oferecer um atendimento de qualidade, a empresa cria um diferencial, constrói um relacionamento de confiança e torna inconveniente a migração do cliente para um concorrente.
É importante que uma empresa que trabalha com reciclagem fique atenta aos impactos causados pelos métodos e processos de reciclagem para diminuir possíveis danos causados ao meio ambiente. Produtos provenientes de empresas ecologicamente sustentáveis costumam ser mais valorizados pelo mercado.
Além disso, o empreendedor pode usar seus materiais de divulgação para levar ao grande público informações sobre a reciclabilidade dos materiais, instruindo sobre como proceder para o correto descarte das embalagens reforçando junto aos seus clientes a imagem de empresa que se preocupa com a sustentabilidade.
Buscar atualização constante, procurar processos inovadores, participar de feiras e congressos do setor, são atitudes proativas do empreendedor buscando identificar soluções mais atrativas para seus clientes.
Como diz o ditado popular, “a propaganda é a alma do negócio”. Por meio da propaganda o empreendedor dará destaque ao seu estabelecimento no mercado.
É possível a utilização de formas simples e baratas de divulgação. Com criatividade pode-se e buscar alternativas que atraiam os clientes. Entre as alternativas que demandam menos investimento pode-se citar:
– Utilização de mala direta com mensagens que lembram e divulgam a Empresa de Reciclagem
– Participação em feiras e eventos;
– Cartões de visita.
– Um site de boa qualidade na internet com o portfolio dos serviços e produtos, é fator fundamental para divulgação permanente e de longo alcance . É também importante se fazer presente nas redes sociais com páginas interativas, possibilitando o máximo de visibilidade. Desta forma as diversas empresas e pessoas que buscam produtos e eventualmente parcerias poderão entrar em contato.
O bom atendimento aliado a qualidade dos produtos é uma receita de sucesso para qualquer Empresa de Reciclagem. Clientes satisfeitos tendem a comentar com outros e não existe melhor propaganda que a tradicional “boca-a-boca”, barata e eficiente.
Informações Fiscais e Tributárias
O segmento de EMPRESA DE RECICLAGEM, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas)3831-9/01, 3831-9/99,3832-7/00 e 3839-4/99 como atividade de reciclagem de sucatas de alumínio, materiais metálicos (exceto alumínio), materiais plásticos, borracha, madeira, papel e vidro, poderá optar pelo Simples, desde que sua categoria esteja contemplada no regime, a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse R$ 360 mil para microempresa e R$ 4,8 milhões para empresa de pequeno porte e sejam respeitados os demais requisitos previstos na Lei.
Nesse regime, o empreendedor de ME e EPP poderá recolher os seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional):
• IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica);
• CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido);
• PIS (Programa de Integração Social);
• COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social);
• CPP (Contribuição Previdenciária Patronal);
• ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): para empresas do comércio
• ISS (Imposto Sobre Serviços): para empresas que empresas que prestam serviços;
• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): para indústrias.
Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do Simples Nacional variam de acordo com as tabelas I a VI, dependendo das atividades exercidas e da receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo Simples Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número de meses de atividade no período. Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.
Se a receita bruta anual não ultrapassar R$ 81 mil, o empreendedor poderá optar pelo registro como Microempreendedor Individual (MEI), desde que ele não seja dono ou sócio de outra empresa e tenha até um funcionário. Para se enquadrar no MEI, sua atividade deve constar na tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/legislacao/resolucoes/arquivos/ANEXO_XIII.pdf)
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores fixos mensais conforme abaixo:
I) Sem empregado • 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária • R$ 1 de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias (para empresas de comércio e indústria) • R$ 5 de ISS – Imposto sobre Serviços (para empresas de prestadoras de serviços)
II) Com um empregado (o MEI poderá ter um empregado, desde que ele receba o salário mínimo ou piso da categoria) O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes percentuais: • Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração; • Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.
Outros regimes de tributação
Para os empreendedores que preferem não optar pelo Simples Nacional, há os regimes de tributação abaixo:
- Lucro Presumido: É o lucro que se presume através da receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços. Trata-se de uma forma de tributação simplificada utilizada para determinar a base de cálculo dos tributos das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração pelo Lucro Real. Nesse regime, a apuração dos impostos é feita trimestralmente.
A base de cálculo para determinação do valor presumido varia de acordo com a atividade da empresa. Sobre o resultado da equação: Receita Bruta x % (percentual da atividade), aplica-se as alíquotas de:
• IRPJ - 15%. Poderá haver um adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 20 mil, no mês, ou R$ 60 mil, no trimestre, uma vez que o imposto é apurado trimestralmente;
• CSLL - 9%. Não há adicional de imposto.
• PIS - 1,65% - sobre a receita bruta total, compensável;
• COFINS - 7,65% - sobre a receita bruta total, compensável.
Incidem também sobre a receita bruta os impostos estaduais e municipais:
- ICMS - Em regra geral, as alíquotas variam conforme o estado, entre 17 e 19%. Alguns produtos ou serviços possuem alíquotas reduzidas ou diferenciadas. - ISS – Calculado sobre a receita de prestação de serviços, varia conforme o município onda a empresa estiver sediada, entre 2 e 5%.
Além dos impostos citados acima, sobre a folha de pagamento incidem as contribuições previdenciárias e encargos sociais (tanto para o lucro real quanto para o lucro presumido):
- INSS - Valor devido pela Empresa - 20% sobre a folha de pagamento de salários, pró-labore e autônomos;
- INSS - Autônomos - A empresa deverá descontar na fonte e recolher entre 11% da remuneração paga ou creditada a qualquer título no decorrer do mês a autônomos, observado o limite máximo do salário de contribuição (o recolhimento do INSS será feito através da Guia de Previdência Social - GPS).
- FGTS – Fundo de Garantia por tempo de serviço, incide sobre o valor da folha de salários a alíquota de 8%.
Recomendamos que o empreendedor consulte sempre um contador, para que ele o oriente sobre o enquadramento jurídico e o regime de tributação mais adequado ao seu caso.
As Empresas de Reciclagem relacionam-se com um conjunto de entidades, que desempenham diversos papéis auxiliares ao negócio.
A seguir destacam-se algumas entidades com as quais o empresário deste ramo poderá desenvolver algum tipo de relacionamento:
Associação Brasileira de Embalagem - ABRE
Rua Oscar Freire, 379 - 15º andar - Conj.152 Cerqueira César
São Paulo - SP
Tel: (11) 11 3060-5510
Site: www.abre.org.br
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES
Av. Ibirapuera 2907 8º Andar Cj 811 - Moema
São Paulo SP
Tel: (11) 5044.7900
Fax : (11) 5044.8338
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES
SEPN 506, Bloco D - Ed. Sagitarius Sala 124
Brasília - DF
Tel: (61) 3703-4610
Site: www.abes-df.org.br/
Associação Brasileira da Indústria PET - ABIPet
R. Joaquim Floriano 72 cj. 85 Itaim Bibi
São Paulo – SP
Tel.: (11) 3078-1688
E-mail: informapet@abipet.org.br
Site: www.abipet.org.br
Associação Brasileira do Papelão Ondulado - ABPO
Rua: Brigadeiro Gavião Peixoto, 646 Bairro: Lapa
São Paulo - SP
Tel.:: 55-11-3538-2276
E-mail: abpo@abpo.org.br
Site: www.abpo.org.br
Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública - ABLP
Largo Padre Péricles, 145, 8º andar, sala 87 Barra Funda
São Paulo - SP
Tel.: (11) 3266-2484
Site: www.ablp.org.br
Associação Nacional de Biossegurança - ANBio
Av. Nilo Peçanha, 50 - Grupo 2114 Edifício De Paoli Centro
Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2220-8327 / 2220-8678
Tel/Fax: (21) 2215-8580
E-mail: secretaria@anbio.org.br
Site: www.anbio.org.br
Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos - ANIP
Rua Dr. Geraldo Campos Moreira, 240 - 7º Andar - CJ 71
Brooklin Novo – SP
Tel.: (11) 5503-5400
Site: www.anip.com.br
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) - Trecho 5, Área Especial 57
Brasília –DF
Tel.: 0800 642 9782
Site: www.anvisa.gov.br
Compromisso Empresarial para Reciclagem - CEMPRE
Rua Bento de Andrade, 126 Jd. Paulista
São Paulo – SP
Tel.: (11) 3889-7806 / 8564
Site: www.cempre.org.br
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA
SCEN Trecho 2 - Ed. Sede
Brasília-DF
Tel. 61-3316-1212
www.ibama.gov.br
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Unidade do SEBRAE mais próxima acesse: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae
Tel.:0800 570 0800
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SBN - Quadra 01 - Bloco C - Ed. Roberto Simonsen - 5º andar
Brasília - DF
Tel.:(61) 3317-9000 / 9001
Site: http://www.senai.br/br/home/index.aspx
Associação Nacional dos Aparistas de Papel (ANAP)
R. Trípoli, 92 - Vila Leopoldina, São Paulo - SP, 05303-020
Tel: (11) 3831-0044
https://anap.org.br/website/
Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).
Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, representada por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa, universidade e pessoa física).
Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País.
1.Normas específicas para uma Empresa de Reciclagem:
Papel:
ABNT NBR 15483:2009 - Aparas de papel e papelão ondulado – Classificação.Esta Norma define uma classificação para as aparas de papel e papelão ondulado.
ABNT NBR 15484:2007 - Aparas de papel e papelão ondulado - Determinação do teor de umidade - Método por secagem em estufa.Esta Norma especifica um método por secagem em estufa para a determinação do teor de umidade de amostras de aparas de papel e papelão ondulado.
ABNT NBR 15769:2009 - Aparas de papel e papelão ondulado — Comercialização de aparas.Esta Norma estabelece as condições de fornecimento e recepção das aparas de papel e papelão ondulado, classificadas conforme a ABNT NBR 15483.
Plástico:
ABNT NBR 13230:2008 - Embalagens e acondicionamento plásticos recicláveis - Identificação e simbologia.Esta Norma estabelece os símbolos para identificação das resinas termoplásticas utilizadas na fabricação de embalagens e acondicionamento plásticos, visando auxiliar na separação e posterior reciclagem dos materiais de acordo com a sua composição.
Garrafa Pet:
Não existem normas específicas para este produto.
Pneu:
ABNT NBR NM 225:2000 - Critérios mínimos de seleção de pneus para reforma e reparação - Inspeção e identificação.Esta Norma estabelece as condições mínimas para a classificação (aceitação) de pneus para reforma e/ou reparação, e os critérios de identificação dos pneus reformados.
Nota do técnico: Esta norma auxilia na avaliação de uma possível recauchutagem do pneu.
2. Normas aplicáveis na execução de uma Empresa de Reciclagem:
ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos gerais.Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam satisfazer as expectativas do cliente.
ABNT NBR 12693:2010 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio.Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a princípio de incêndio.
ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida: 2008 - Instalações elétricas de baixa tensão.Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.
ABNT NBR ISO IEC 8995-1:2013 - Iluminação de ambientes de trabalho Parte 1: Interior.Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.
ABNT NBR 5419:2005 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.Esta Norma fixa as condições de projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), para proteger as edificações e estruturas definidas em 1.2 contra a incidência direta dos raios. A proteção se aplica também contra a incidência direta dos raios sobre os equipamentos e pessoas que se encontrem no interior destas edificações e estruturas ou no interior da proteção impostas pelo SPDA instalado.
ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 - Sistemas de alarme - Parte 1: Requisitos gerais - Seção 1: Geral.Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalação, comissionamento (controle após instalação), operação, ensaio de manutenção e registros de sistemas de alarme manual e automático empregados para a proteção de pessoas, de propriedade e do ambiente.
Apara – sobra de papel.
Autoclave – é um aparelho utilizado para esterilizar artigos através do calor úmido sob pressão. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoclave).
Elementos químicos desvulcanizantes – tem a função de dar tratamento à borracha oriundas de pneus, visando eliminar o processo de vulcanização.
Hidrolítca – reação da água sobre um composto com fixação de íons, hidrogênio e/ou hidroxila.
PET - Politereftalato de etileno - é um polímero termoplástico.
O candidato a empresário no segmento de reciclagem deve entrar neste negócio consciente de que terá que estar dedicado em tempo integral, principalmente no início das atividades do novo empreendimento, tanto na parte comercial, quanto operacional e na gestão financeira do negócio.
Com a tendência mundial de preservação ambiental, o empreendedor deverá inserir-se nesse mercado visando a valorização do meio ambiente, respeitando as leis que regulamentam esse setor, transformando o processo de reciclagem em uma atividade rentável econômica e financeiramente, aproveitando o grande apelo popular de praticamente todas as nações mundiais.
Assim o empreendedor deverá vincular sua empresa às oportunidades requeridas pela sociedade como um todo, ou seja, o empreendimento deverá estar inserido no conceito de despoluição e descontaminação ambiental por meio da reciclagem de produtos, que até então, eram descartados em lixo comum ou mesmo em aterros sanitários. Criando desta forma uma empresa com fins lucrativos, mas com forte apelo sócio ambiental.
Características Específicas do Empreendedor
O empreendedor que pretende iniciar uma empresa de reciclagem, deve apresentar algumas características básicas, tais como:
1. Ter conhecimento específico sobre reciclagem e suas diversas variações tecnológicas e de tipos de produtos a serem reciclados. Esse conhecimento poderá ser adquirido por intermédio de serviços prestados em empresas do segmento ou via participação em cursos e eventos sobre reciclagem;
2. Este conhecimento requer habilidades para analisar os materiais recebidos para reciclagem, de forma a conseguir selecionar os passíveis de serem processados e reciclados daqueles que não oferecem tal condição. Todo esse processo tem o intuito de elevar a qualidade dos materiais a serem reciclados e valorizar o produto resultante da reciclagem de papel;
3. Estar atualizado quanto às tendências de mercado e ser capaz de identificar o que as indústrias esperam das empresas de reciclagem, agregando valor ao seu produto final;
4. Ser uma pessoa que sempre busca melhorar o nível de seu negócio, tanto com a participação em cursos específicos sobre reciclagem, biodiversidade, ambivalência de produtos, quanto de gestão empresarial, pois não basta ter conhecimento de reciclagem, é necessário também estar preparado para gerir o seu empreendimento;
5. Ter habilidade no tratamento com pessoas tanto com seus colaboradores quanto com clientes, fornecedores/catadores/cooperativas, enfim com todos que de forma direta ou indireta tenha ligação com a empresa;
6. Ser empreendedor com visão prospectiva, atuando com antecipação de tendências, ter visão de futuro quanto ao interesse de mercado das indústrias, além de estar sempre atento às inovações tecnológicas e de mercado de seu setor de atuação;
7. Entender que reciclar “lixo” não significa ter um empreendimento desorganizado, sujo, com mau cheiro, dentre outros adjetivos, por isso deverá manter seu empreendimento limpo e bem organizado, fazendo com que este requisito seja um ponto positivo a mais em seu segmento empresarial;
8. Além destas características acima listadas o empresário de reciclagem tem que ser uma pessoa extremamente criativa, sempre com capacidade de sugerir ou mesmo criar formas inovadoras de uso de seus produtos ou incrementar novas matérias-primas que possam ser inseridas na produção de papel, tendo como foco e objetivo de estar sempre a frente de seus concorrentes.
Bibliografia Complementar
Grippi, Sidney. Lixo, Reciclagem e Sua História. Editora Interciência.
Nani, Everton Luis. Meio Ambiente e Reciclagem: Um Caminho a Ser Seguido. Editora Jurua.
Urani, A.; Hopstein, Graciela; Gonçalves, Pólita. A Reciclagem Integradora dos Apectos Ambientais, Sociais e Econômicos. Editora DP&A.
Braido, Eunice. Reciclagem do Plástico. Editora FTD.
Braido, Eunice. Reciclagem do Vidro. Editora FTD.
Castro, Mauricio Barros de. A Reciclagem do Alumínio no Brasil. Editora Desiderata.
O empreendedor pode buscar junto às agências de fomento linhas de crédito que possam ser utilizadas para ajudá-lo no início do negócio. Algumas instituições financeiras também possuem linhas de crédito voltadas para o pequeno negócio e que são lastreadas pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), em que o Sebrae pode ser avalista complementar de financiamentos para pequenos negócios, desde que atendidas alguns requisitos preliminares. Maiores informações podem ser obtidas na página do Sebrae na web:
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/fundo-de-aval-do-sebrae-oferece-garantia-para-ospequenos-negocios,ac58742e7e294410VgnVCM2000003c74010aRCRD
É de vital importância para qualquer negócio a elaboração de um planejamento financeiro, pois ele é uma das ferramentas para o crescimento do seu negócio.
O primeiro passo do planejamento financeiro é fazer um orçamento anual. Faça uma estimativa do quanto irá receber e gastar, com base no seu histórico ou expectativa futura. Seja realista e sempre dê preferência para um cenário mais pessimista. Afinal de contas, o mercado está cercado de mudanças e incertezas.
Mesmo se você já for um empreendedor experiente terá que pensar na organização do fluxo de caixa, na necessidade do capital de giro, os processos das contas a pagar e a receber, entre outros. Comece registrando tudo o que você pretende ganhar ao longo de um período, depois elabore um plano de vendas refletindo quais suas fontes de receita, seu modelo de precificação, seus canais de distribuição, etc.
Após a etapa das receitas, faça a mesma coisa com as despesas. Planeje tudo o que você vai gastar ao longo de um período. Além dos gastos mensais - recorrentes (ex. salários, aluguel, fornecedores, energia), inclua gastos eventuais (ex. manutenção) ou que reflitam a necessidade de novos investimentos que serão necessários uma novo patamar da empresa (ex. ampliação de espaço, aquisição de maquinário, etc). Cada tipo de negócio tem suas características individuais e tudo isso influencia no planejamento.
O acompanhamento e registro das contas a pagar e receber da empresa é importante para o pleno controle do capital e análise da saúde financeira. A atividade não é completa apenas com os lançamentos. Deve-se fazer o acompanhamento constante das entradas e despesas e compará-las com o planejamento realizado. Dessa maneira você pode rapidamente corrigir eventuais falhas e ou reforçar estratégias que estão dando resultados.
Existe no mercado softwares de gerenciamento que podem muito auxiliar no controle administrativo e financeiro gerando mais eficiência nos controles e produtividade
Produtos e Serviços - Sebrae
Aproveite as ferramentas de gestão e conhecimento criadas para ajudar a impulsionar o seu negócio. Para consultar a programação disponível em seu estado, entre em contato pelo telefone 0800 570 0800.
Confira as principais opções de orientação empresarial e capacitações oferecidas pelo Sebrae:
Cursos online e gratuitos - http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline
Para desenvolver o comportamento empreendedor
Empretec - Metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que proporciona o amadurecimento de características empreendedoras, aumentando a competitividade e as chances de permanência no mercado: http://goo.gl/SD5GQ9
Para quem quer começar o próprio negócio
As soluções abaixo são uteis para quem quer iniciar um negócio. Pessoas que não possuem negócio próprio, mas que querem estruturar uma empresa. Ou pessoas que tem experiência em trabalhar por conta própria e querem se formalizar.
Plano de Negócios - O plano irá orientá-lo na busca de informações detalhadas sobre o ramo, os produtos e os serviços a serem oferecidos, além de clientes, concorrentes, fornecedores e pontos fortes e fracos, construindo a viabilidade da ideia e na gestão da empresa: http://goo.gl/odLojT
Para quem quer inovar
Ferramenta Canvas online e gratuita - A metodologia Canvas ajuda o empreendedor a identificar como pode se diferenciar e inovar no mercado: https://www.sebraecanvas.com/#/
Sebraetec - O Programa Sebraetec oferece serviços especializados e customizados para implantar soluções em sete áreas de inovação: http://goo.gl/kO3Wiy
ALI - O Programa Agentes Locais de Inovação (ALI) é um acordo de cooperação técnica com o CNPq, com o objetivo de promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas de pequeno porte: http://goo.gl/3kMRUh