fonte: Síndico Net
categoria: Coleta Seletiva
Nosso meio ambiente é o bem mais precioso que existe. Temos o dever de cuidar bem do planeta, para que as futuras gerações possam aproveitá-lo também.
E uma das maneiras mais efetivas que colaborarmos com o meio ambiente é fazer uma boa gestão dos nossos resíduos. Por isso, a coleta seletiva em condomínios é tão importante. Ela permite que um grande número de pessoas se junte em torno de um objetivo que só trará benefícios a elas e ao planeta.
Nas próximas páginas desse guia estão todas as informações necessárias para implantar uma bem sucedida coleta seletiva em seu condomínio. Confira!
Como preparar o condomínio para a coleta seletiva
Adequação das instalações e comissão de moradores
Ter um plano de ação é fundamental para que a coleta seletiva seja bem sucedida. O ideal é que os moradores interessados formem uma comissão.
Dessa forma, as decisões não ficam tão dependentes do síndico.
É importante que essa comissão seja referendada em uma assembleia, que também aprove a implementação da coleta seletiva.
Conscientização dos moradores e funcionários
Comunicação é fundamental
A comunicação é ferramenta primordial para o sucesso da coleta seletiva do lixo em um condomínio.
Por isso, é importante que se aposte em diversos canais de diálogo com os diferentes públicos do condomínio – como funcionários, moradores ou seus empregados. Seja conversando pessoalmente, por banners ou cartazes, é importante mantê-los motivados e envolvidos no processo.
Dúvidas frequentes sobre coleta seletiva
Respondemos as principais dúvidas dos leitores sobre o tema
É inegável que implantar um programa de coleta seletiva pode dar trabalho e gerar dúvidas. Mas o projeto não precisa ser um monstro de sete cabeças.
Munido das informações certas, sabendo diferenciar o que é mito e o que é verdade, o caminho até uma coleta seletiva eficaz no seu condomínio fica muito mais fácil.
Esclareça abaixo as principais dúvidas sobre o assunto:
Após o período inicial de três meses, o processo começa a tomar forma, e os desvios no caminho vão diminuindo. Aqueles que no início não demonstraram interesse necessário para participar, podem começar a aderir. Se não houver grandes problemas, em nove meses a coleta seletiva está implantada.
Em geral, são as pessoas que participam da comissão de coleta seletiva no condomínio, já que têm de pesquisar quem virá fazer a coleta, estimar quanto de material reciclado o condomínio gera.
Também terão de fazer os primeiros esforços de conscientização dos funcionários, organizarem alguém que dê a palestra sobre o tema.
Vale ressaltar que, hoje em dia, existem empresas, como o Instituto Muda, especializadas em assessorar condomínios no processo de implementação e gestão da coleta seletiva no local.
Em geral, se os funcionários não se interessaram pelo projeto é porque ou não o entenderam corretamente ou ganhavam algum lucro revendendo eles mesmos esses materiais.
É importante educar essa população ressaltando que quem vai retirar os reciclados busca todos os tipos de materiais. Também vale reverter para eles uma parcela do que o condomínio arrecadar com a coleta
Atualmente não se recicla mais apenas plástico, papel, vidro e metal. As pilhas, por exemplo, são altamente contaminantes. O banco Santander, por exemplo, conta com papa-pilhas em todas as suas agências.
O condomínio pode se organizar para guardar pilhas e baterias por um tempo até juntar certo volume e algum funcionário do condomínio pode levar o material a uma agência mais próxima. Outra empresa é a Eco-cel, que é especializada em recollhimento de baterias de celulares
As lâmpadas fluorescentes contêm materiais que contaminam como o mercúrio, por exemplo. Há sim a possibilidade de reciclagem, mas quem trabalha com esse tipo de material cobra pela sua retirada. Em São Paulo, uma possibilidade é entregar essas lâmpadas em grandes home centers, que se comprometem em reciclá-las, porém somente em pequena quantia.
Se o condomínio tiver um grande quantidade e quiser destiná-las corretamente, terá que recorrer a empresas de descontaminação de lâmpadas que cobram pelo serviço, de R$ 0,80 a R$ 1,50 por lâmpada. A Naturalis Brasil e a Apliquim, ambas de São Paulo, realizam esse tipo de serviço.
O óleo de cozinha também é bastante contaminante. Estima-se que um litro de óleo possa poluir mais de 20 mil litros de água. Para evitar esse cenário, basta guardar o óleo usado em um grande recipiente. Geralmente, entrando em contato com alguma empresa que faça a coleta do óleo, a bomba (recipiente) é oferecida gratuitamente – caso da Lirium, em São Paulo, e outras facilmente encontradas na internet.
Segundo as fontes consultadas, o síndico somente terá um trabalho adicional caso participe da comissão de coleta seletiva. E o trabalho dessas pessoas só é realmente grande na fase inicial do projeto.
O acompanhamento demanda, sim, algum esforço, mas é relativamente pequeno. O síndico, como líder, deve motivar o conselho e todos os seus vizinhos a se engajarem pela causa.
Não terão mais trabalho, mas precisam se adequar aos novos procedimentos. Para tanto, precisam ser treinados e instruídos. Mesmo com todo o trabalho de conscientização dos funcionários, é importante que não recaia sobre eles a responsabilidade de separar o lixo das unidades.
Quando não há envolvimento dos moradores, o material reciclado já chega muito contaminado, e a reciclagem fica muito comprometida, já que os funcionários precisam procurar garrafas pet, e alumínio entre itens como fraldas, lixo orgânico e papel higiênico usado.
O lixo é dos moradores, e é portanto responsabilidade deles a separação dos materiais. O papel dos funcionários é o de ajudar, verificando se o morador jogou o saco errado ou até mesmo auxiliando os moradores e funcionárias domésticas com dicas para melhorar a coleta seletiva.
Não é aconselhável que um condomínio comece um trabalho de implantação da coleta seletiva com o único intuito de gerar dinheiro. Isso porque o valor de comercialização do material reciclável, em geral, é muito baixo.
Por diversos motivos, como crescimento da demanda de geração de recicláveis pela população e baixa oferta da estrutura (cooperativas, indústrias e empresas de reciclagem) para atender todo esse material; falta de incentivos financeiros e fiscais à toda cadeia da reciclagem ( indústria, empresas e cooperativas) por parte do governo, é muito improvável que o condomínio consiga ganhar dinheiro com a venda dos recicláveis.
Sim, a retirada é o grande gargalo para uma coleta seletiva bem sucedida. Portanto, deve ser o primeiro item a ser alcançado. Sabendo que a prefeitura, uma cooperativa ou ONG vá recolher o material, aí sim pode-se começar a implantar o projeto no condomínio.
Caso não haja essa possibilidade, e mesmo assim o condomínio queira contar com coleta seletiva, pode-se contratar empresas privadas para retirarem o material em questão. Em São Paulo, empresas como aInstituto Muda e a Recicla Prédios prestam esse tipo de serviço de coleta.
Lista de materiais recicláveis e não-recicláveis
Veja a seguir o que se recicla (ou não) de cada material
RECICLÁVEL | NÃO RECICLAVEL |
Copos | Embalagem Metalizada (Café e Salgadinho) |
Garrafas | Isopor e bandejas de isopor |
Sacos/Sacolas | Cabos de Panelas |
Frascos de produtos | Espuma |
Embalagens Pet (Refrigerantes, Óleo, Vinagre,...) | Bandejas de plástico |
Canos e Tubos de PVC | Acrílico |
Caneta (Sem a tinta) | |
Tampas | |
Embalagens tipo Tupperware | |
Embalagens de produto de limpeza |
RECICLÁVEL | NÃO RECICLAVEL |
Jornais e Revistas | Papéis Sanitários (papel higiênico) |
Listas Telefônicas | Papéis Plastificados |
Papel Sulfite/Rascunho | Papéis engordurados |
Papel de Fax | Etiquetas adesivas |
Folhas de Caderno | Papéis Parafinados |
Formulários de Computador | Papel carbono |
Caixas em Geral (ondulado) | Papel celofane |
Aparas de Papel | Guardanapos |
Fotocópias | Bitucas de Cigarros |
Envelopes | Fotografias |
Rascunhos | |
Cartazes Velhos | |
Caixa de Pizza | |
Cartolinas e papel cartão |
RECICLÁVEL | NÃO RECICLAVEL |
Potes de conservas | Espelhos |
Embalagens | Boxes Temperados |
Frascos de remédios vazios | Louças |
Copos | Óculos |
Cacos dos produtos citados | Cerâmicas, porcelanas, pirex |
Vidros Especiais (Tampa de forno e icro ondas) | Tubos de TV e monitores |
Garrafas | Para-brisa de carros |
RECICLÁVEL | NÃO RECICLAVEL |
Tampinhas de Garrafas | Clipes |
Latas | Grampos |
Enlatados | Esponja de Aço |
Panelas sem cabo | Aerossóis |
Ferragens | Latas de Verniz |
Arames | Latas de solventes Químicos |
Chapas | Latas de inseticidas |
Canos | |
Pregos | |
Cobre | |
Embalagem de marmitex | |
Papel alumínio limpo |
Fontes consultadas: Instituto Muda e conteúdo SíndicoNet
Retirada do material gerado pela coleta seletiva
Como é feito o escoamento e descarte da coleta seletiva em condomínios
Já separou seu lixo ou material reciclável e não sabe como e onde descartar?
O portal Sucatas.com selecionou e agrupou algumas ferramentas que possibilitam uma pesquisa com busca por pontos de coleta seletiva mais próximos a você, podendo filtrar por segmento, material, cooperativa, comércio e PEV (ponto de entrega voluntária). Saiba mais.
Depois de conscientizar os moradores, esse é o momento mais estratégico da coleta seletiva nos condomínios. Saber a destinação que será dada ao material reciclado é fundamental
Cartaz para campanha interna de coleta seletiva
Orientações para os moradores sobre como fazer a Coleta Seletiva
VÍDEOS
O portal Sucatas.com separou para você alguns vídeos relacionados a coleta seletiva em condomínios, com guias práticos de implantação, dicas, tirando dúvidas, reportagens, legislação e muito mais.
Veja os vídeos em nosso canal do youtube.
Sites úteis:
Instituto Muda - Implementação e gestão de Coleta Seletiva em condomínios
Recicla Prédios - Implementação e gestão de Coleta Seletiva em condomínios
SíndicoNet - Empresas especializadas em Coleta Seletivas em Condomínios
Implanta - Implementação de Coleta Seletiva - www.implanta.eng.br
Bakuara - Implementação de Coleta Seletiva - www.bakuara.com
Instituto GEA - http://www.institutogea.org.br
Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) - http://www.cempre.org.br
CP Brasil - http://www.reciclaveis.com.br
Reclicagem - www.reclicagem.com.br
Rede Cata Sampa - Cooperativas em São Paulo - www.catasampa.org
Fontes consultadas para elaboração desse Guia
- Instituto Muda - www.institutomuda.com.br
- Bakuara - Consultoria em coleta seletiva para condomínios - www.bakuara.com/
- Implanta - Empresa especializada em implementação de Coleta Seletiva - www.implanta.eng.br
- Instituto GEA - http://www.institutogea.org.br
- Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) - www.cempre.org.br
- CP Brasil - http://www.reciclaveis.com.br
- Reclicagem - www.reclicagem.com.br
- Rede Cata Sampa - Cooperativas em São Paulo - www.catasampa.org
- AFRAS - Associação Franquia Solidária - http://www.franquiasolidaria.com.br
- Rede Cata Sampa – Rede de catadores de São Paulo
- Limpurb São Paulo - Site do departamento de limpeza urbana de São Paulo
- Comlurb Rio de Janeiro – Site da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro